
Escrever comentários ou pedir informações nas páginas de empresas no Facebook é uma ação comum entre os usuários da maior rede social do planeta. É assim que interagimos hoje em dia com marcas, instituições e pessoas. No entanto, obter resposta pode demorar muito. Segundo pesquisa realizada pela Take.net com algumas empresas do setor bancário, de comércio e serviços a espera é de três horas em média. E se for no fim de semana aí fica pior ainda.
Mas a função das redes sociais não é gerar interação e troca de informações de modo rápido e direto com seus usuários? A solução dissso pode estar no uso de chatbots. Você sabe o que são? Veja infográfico no final do artigo.
Manter equipe nos finais de semana para responder mensagens gera um custo muito alto para as agências de social media. Além disso, os chatbots são fáceis de usar e temos o hábito de trocar mensagens o tempo todo.
Fusão das palavras chat (conversa) e bot (robô) não é algo assim, tão novo, mas agora está em destaque no mundo e ganham adesão das empresas. No Brasil os pioneiros foram o Robô Ed e Sete Zoom. Esses bots conversavam com o público e respondiam as perguntas mais variadas. Em dois meses, a Sete Zoom gerou mais de 40 matérias publicadas na imprensa e um milhão de frases conversadas. O Robô Ed, agora desativado, era o chat oficial da Petrobras e tinha um discurso bem humorado para falar sobre energia e meio ambiente.

Caio Calado, que trabalha com UX designer na Take e especialista em chatbots, ministrou uma palestra sobre o tema no início do mês no Centro Universitário UNA. Ele ressaltou o crescimento do mercado de chatbots, mas a dificuldade de convencer as empresas em aderir à essa inovação.
Quem se arrisca no mundo dos bots só tem o que comemorar. Um dos exemplos apresentados pelo especialista mostrou a força dos bots durante o Black Friday. No período, uma empresa de e-commerce usou a tecnologia e conseguiu entregar quase 2 milhões de mensagens, o que seria impossível se fosse feito por um humano. Mais de 51 mil pessoas iniciaram conversa com o bot e 46 mil aceitaram receber mensagens promocionais. Sem divulgar o número de vendas alcançadas pela interação dos consumidores com o chatbot, o especialista afirmou que depois do sucesso, várias empresas estão aderindo ao modelo.
Mas a tecnologia enfrenta barreiras. A inteligência das conversas ainda é muito restrita e, segundo Calado, correspondem a 20% do conteúdo. Como responder a perguntas sem sentido? Como contornar ironia, humor, gírias e outras variáveis? Atualmente, o Messenger do Facebook, Whatsapp, Skype, Telegram e outros aplicativos já disponibilizam API para que os desenvolvedores façam suas aplicações.
O certo é que cada vez mais faremos interação com robôs nos programas de mensagens. Aos poucos a interação vai ganhar mais inteligência e quanto mais ele aprender o modo como conversamos, mais fluida será a conversa e mais precisas serão as respostas. No futuro, as rotinas que não exigem criatividade para serem respondidas, fatalmente, partirão de um robô. O que você acha da ideia?
Comentários
As opiniões aqui expressas são de responsabilidade exclusiva dos leitores, não serão aceitas mensagens com ofensas pessoais, preconceituosas, ou que incitem o ódio e a violência. Clique aqui para acessar a íntegra do documento que rege a política de comentários do site.