
Ser protagonista, num mundo que se desenha com vibrantes transformações nas tecnologias e na sociedade, requerendo cada vez mais um comportamento ético, exige do jovem aprendiz em empreendedorismo que ele seja determinado a realizar seu sonho de criar uma empresa inovadora. Para vencer os desafios de uma startup, do seu próprio negócio, ele tem que ir muito além da questão técnica: tem a necessidade absoluta de absorver e cultivar valores universais e inestimáveis do processo civilizatório.
Nas sociedades bem sucedidas, nem tudo é modelar, mas é possível encontrar referências valiosas: como confiar e ser de confiança; como buscar justiça e não vantagens; falhar, mas persistir; e, acima de tudo, ser gentil e manter saudáveis as interações interpessoais.
Acredito até que a interação entre as pessoas, na família, na comunidade ou nos negócios, deva ser um dos maiores desafios da humanidade neste século, mais relevante do queas questões tecnológicas, que já estão, de certa maneira, encaminhadas no mundo.
Cada vez mais, exigimos que as empresas e os empresários nos respeitem enquanto consumidores, fornecedores ou empregados. E esperam o mesmo de nós cidadãos. Não haverá futuro, se não iniciarmos logo uma renovação da nossa cultura, com a incorporação dos valores que estimulam a confiança mútua, o respeito aos clientes, os bons serviços prestados a todos e o alimento justo em qualidade e preço, por exemplo. A propaganda continua influenciando, mas o processo de comunicação interpessoal reforçado por valores morais ganha mais e mais espaço.
E é nos ecossistemas de inovação, nas startups, nas empresas de base tecnológica iniciantes, que reunimos as condições para promover a renovação cultural, criar pessoas melhores. Até porque o sonho de levar um negócio para além das nossas fronteiras exige, cada vez mais, que o empresário seja melhor, seja confiável e de confiança!
Não temos bola de cristal, o melhor jeito de lidar com futuro é criando–o com inovações sustentáveis a partir do que dispomos: novas fontes de dados, novos frameworks analíticos e novas práticas. Uma revolução da qual o Brasil não pode ficar fora, sob pena de não participar da nova geração de produtos que irá comandar a economia mundial.
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