
Entre 6 e 10 de dezembro, diversas instituições de ensino do Brasil se reuniram em Juiz de Fora para participar do primeiro hacktathon realizado pela Embrapa, o Vacathon. A maratona reuniu equipes de programação, formadas em instituições de ensino superior, que exploraram dados abertos de pesquisas da Embrapa Gado de Leite e desenvolveram projetos de software e hardware. Uma das equipes vencedoras é mineira.
Durante 36 horas, estudantes de 17 universidades do país desenvolveram, durante cinco dias, soluções para produtores de leite. Uma equipe de alunos de engenharia do Insper (SP) foi a proposta vencedora do Vacathon. Já o segundo lugar ficou com a equipe de Belo Horizonte, Silvitech, e o terceiro, com outra mineira, formada por alunos da UFJF.
Alunos de sistemas de informação, Franciele Sena, Igor Dias, Izadora Diniz Braga e Eugenio Araújo desenvolveram uma solução focada no silvipastorial. Segundo Eugênio, a ideia da startup surgiu da necessidade de planejamento do silvipastoril, parte que envolve o manejo das árvores no pasto. “Como é uma técnica nova, não existe muita informação ou sistemas porque ninguém olha essa parte. Ninguém também observa que o silvipastoril, que representa o bem-estar do gado, aumenta em até 70% a produção. A gente focou nisso para fazer um planejamento melhor do silvipastoril, que é a nossa ferramenta”, aponta.
Já o terceiro lugar ficou com outra mineira, a Insight Tech Pasto. A equipe formada por alunos da UFJF criou um sistema de irrigação inteligente, a partir da instalação de sensores de baixo custo em equipamentos de irrigação já existentes. Os sensores coletam dados de composição e umidade do solo e de cotização de clorofila da forrageira. Conectam-se a uma central de gerenciamento off-line, capaz de cruzar as informações com dados meteorológicos para ativar o sensor de irrigação de forma autônoma. A proposta é oferecer a solução em módulos. Caso o produtor não tenha acesso a rede Wi-Fi, o Insight Tech Pasto poderá instalar um módulo de previsão meteorológica.

Crédito: Divulgação
Cada equipe era composta por cinco graduandos, acompanhados por um professor. Os projetos foram apresentados no domingo, 10 dezembro, para uma banca de avaliadores composta por pesquisadores, produtores, investidores e empresários do setor leiteiro.
Antes de iniciar a maratona, todos os participantes visitaram um laticínio na cidade, conheceram uma fazenda de leite, tiveram acesso a pesquisas da Embrapa e a plataformas de serviços da IBM, Cisco, Microsoft e BoviControl. Também receberam mentoria de pesquisadores da instituição e de profissionais da cadeia leiteira. O plano proposto aos universitários foi conhecer o setor, identificar um problema na produção de leite e, então, oferecer uma solução digital no estilo das startups.
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