
A partir de 1º de janeiro de 2018, os empreendedores de países que não pertencem à União Europeia e que queiram criar ou transferir para Portugal sua startup vão ter acesso rápido a um visto de residência. É o que garante o governo português. Com objetivo de atrair investimento, talento e capacidade de inovação, o programa Startup Visa foi apresentado na última terça-feira, 7, pelo ministro da economia, Manuel Caldeira Cabral.
Segundo o ministro, os interessados devem se inscrever numa plataforma online que apenas estará disponível no início do ano que vem. Os projetos podem integrar uma das incubadoras da rede Startup Portugal.
Como os empreendedores estrangeiros podem obter a autorização de residência e de trabalho? Para começar, têm de desenvolver atividades empresariais de produção de bens e serviços inovadores, abrindo ou deslocando empresas e projetos "centrados em tecnologia e conhecimento, com perspectiva de desenvolvimento de produtos inovadores". É preciso mostrar também potencial para a criação de emprego qualificado.
Além disso, os candidatos a este programa, têm de fazer uma prova demonstrando que esse novo negócio tem potencial para atingir um valor de 325 mil euros três anos após o período de incubação, ou então um volume de negócios superior a 500 mil euros anuais. A medida será concretizada numa portaria conjunta com o Ministério da Administração Interna.
"A avaliação do potencial económico e inovador é efetuada com base em critérios, tendo por base o grau de inovação, a escalabilidade do negócio e potencial de mercado, a capacidade da equipa de gestão, o potencial de criação de emprego qualificado em Portugal e a relevância do requerente na equipa", destacou uma fonte oficial do Ministério da Economia, durante o segundo dia do Web Summit, em Lisboa.
O Startup Visa "pretende reforçar o ecossistema de inovação e firmar Portugal como um país aberto ao empreendedorismo e a todos os que, com o seu conhecimento e capacidade de inovação, podem trazer investimento à economia portuguesa, sendo capazes de reforçar e potencializar os recursos humanos qualificados nacionais", ressalta Caldeira.
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